quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Everclear - Songs from an American Movie, Vol. 1: Learning How to Smile (2000)


11 de Julho de 2000 foi a data de lançamento de Songs from an American Movie, Vol. 1: Learning How to Smile (2000), que é a primeira parte de dois álbuns conceptuais sobre o segundo divórcio do vocalista Art Alexakis. A capa é uma paródia de uma pintura chamada American Gothic, de Grant Wood. Em termos de sonoriedade, o powerpop predomina.


Faixa a faixa:
1. Song from an American Movie, Part 1 (1:39)
A primeira canção é totalmente acústica e remonta ao country, até líricamente.

2. Here We Go Again (4:10)
As pessoas mudam. Há que tentar de novo. Contém samples de Bring the Noise (1987) dos Public Enemy.

3. AM Radio (3:56)
Número 3. Aqui é tratado o passado, com base em músicas que o sujeito lírico costumava ouvir na rádio.

4. Brown Eyed Girl (4:21)
Cover do singer-songwriter Norte-irlandês Van Morrison.

5. Learning How To Smile (3:50)
Epónima ao título do álbum. O violino (ou algo semelhante) chamou-me a atenção, por ser unusual. "I'm just learning how to smile, that's not easy to do."

6. The Honeymoon Song (3:38)
A instrumentação relembra música celta, do norte da Europa. As vozes parecem ter saído da boca dos Beach Boys, não só pela voz principal, mas também pelos vocais de apoio.

7. Now That It's Over (3:49)
O fim das relações pode ser complicado. "Maybe we can be friends, now that we're over."

8. Thrift Store Chair (2:08)
Por vezes vale mais deixar palavras por dizer.

9. Otis Redding (3:56)
"Do you remember?" (Lembras-te?) é repetido vezes e vezes. A secção de cordas encaixa com naturalidade no resto da canção.

10. Unemployed Boyfriend (4:15)
Esta faixa abre com uma chamada telefónica, provavelmente ensaiada, que vai sendo recorrente ao longo de toda a canção. Interessante como o amor pode estar num centro de emprego.

11. Wonderful (5:01)
Um divórcio acarreta consequências não só para o casal, mas para os filhos também. Esta música é sobre a perspectiva de um desses filhos. "I hope my mom and I hope my dad will figure out why they get so mad."

12. Annabella's Song (4:35)
Diferente das restantes faixas. É uma composição bem clássica.


Opinião final:
Até ver, foi o melhor álbum que analisei, gosto pessoal de parte. Instrumentalmente é diverso e envolvente, desde a percussão às cordas. A faixa 11, Wonderful, viciou-me há uns anos atrás, apesar de nunca ter sofrido os efeitos de um divórico na pele. Se avistar a hipótese, gostava de adquirir o original. Nota 5.


Não encontrei este registo sonora na íntegra. Uma pesquisa por qualquer motor de busca deve resolver os problemas de quem quiser dar uma escuta.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

The Ataris - Blue Skies, Broken Hearts... Next 12 Exits



Blue Skies, Broken Hearts... Next 12 Exits foi lançado no último ano do milénio anterior, em 1999, pelas mãos da Kung Fu Records. Trata-se do segundo álbum de estúdio dos Ataris e foi produzido por Joey Cape, vocalista de uma banda chamada Lagwagon. As gravações ocorreram nos Orange Whipe Studios em Santa Barbara, California, onde nessa mesma cidade foi fotografa a capa do álbum.


Faixa a faixa:
1. Losing Streak (1:52)
A faixa inicial deste álbum fala de derrotas atrás de derrotas.

2. 1*15*96 (3:54)
Esta música é, como vai sendo recorrente, sobre uma relação falhada, nesta canção é com uma tal de Angie.

3. San Dimas High School Football Rules (2:47)
Canção número 3. Aqui é abordado um amor não correspondido. "I only wish that this could be, just dump your boyfriend and go out with me."

4. Your Boyfriend Sucks (2:48)
Pode ser vista como a continuação da faixa anterior. Contém um sample de um filme chamado A Bronx Tale.

5. I Won't Spend Another Night Alone (3:49)
Aparentemente, depois dos fracassos, acaba-se por acertar.

6. Broken Promise Ring (3:26)
Pois é. Mais do mesmo. E quem reclama? "But you're holding on to someone else."

7. Angry Nerd Rock (2:34)
Não podemos estar sempre contentes. Pelo menos, eu acho. Mas não é uma faixa que me agrade muito.

8. The Last Song I Will Ever Write About a Girl (2:49)
Digo e volto a dizer: a temática das canções anda muito à volta disto, mas nem faz mal, pois consegue sempre captar-me.

9. Choices (1:33)
As nossas escolhas afectam os outros. É o que a música diz. E eu concordo.

10. Better Way (2:03)
A vida de músico não é uma fácil. Sempre de um lado para o outro. Longe da zona de conforto.

11. My Hotel Year (1:26)
Inteiramente acústica. A versão original pode ser encontrada num EP lançado no ano anterior, Looking Forward to Failure (1998).

12. Life Makes No Sense (1:42)
Força. Há que ter força. "You don't need a destination just to go somewhere in life."

13. Answer: (2:11)
Algumas pessoas deviam mudar. Mas isso fica ao critério de cada um.

14. In Spite of the World (3:37)
E com uma faixa sobre "deixar as coisas ir" é este álbum fechado.


Opinião final:
Instrumentalmente está muito bom. A temática lírica está bem explorar, apesar de incidir muito em assuntos semelhantes. É um álbum que faço intenções de comprar. San Dimas High School Football Rules é a minha canção favorita deste álbum. E uma das que mais gosto de sempre.


Eis o álbum completo:

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Motley Crue - Dr. Feelgood (1989)

Mais um diamante que tenho cá por casa.



Dr. Feelgood é o quinto álbum de estúdio de um quarteto americano de glam metal chamado Motley Crue. Gravado nos Little Mountain Sound Studios (Vancouver, Canadá) e com produção de Bob Rock, foi lançado a 1 de Setembro de 1989. Este álbum é unanimemente visto como um clássico altamente influente, tanto dentro como fora do seu género. A temática lírica é a esperada: sexo, amor e drogas. E uma faixa sobre a sociedade.


Faixa a faixa:
1. T.nT. (Terror 'n Tinseltown) (0:42)
Uma introdução com menos de um minuto. Ou seja, nada de especial.

2. Dr. Feelgood (4:50)
Faixa epónima deste registo e um clássico, por si só.

3. Slice of Your Pie (4:32)
Não resisti. Tive de abanar a cabeça ao som desta faixa.

4. Rattlesnake Shake (3:40)
Para começar, a guitarra está brilhante. E para acabar... não sei. Gosto.

5. Kickstart My Heart (4:48)
O Nikki andou para ir desta para melhor. E fez uma música sobre isso.

6. Without You (4:29)
Apesar do título cliché, é perceptível a veracidade do que é dito.

7. Same Ol' Situation (S.O.S.) (4:12)
"Girls will be girls." Damn right.

8. Sticky Sweet (3:52)
Mais sexo ao barulho.

9. She Goes Down (4:37)
A noite toda.

10. Don't Go Away Mad (Just Go Away) (4:40)
Acho que gostar desta música é relativamente fácil. Melódica, simples, acessível.

11. Time For Change (4:45)
Não encaixa. Este estilo de música e o estado do mundo. Pelo menos, na minha cabeça.


Opinião final:
A qualidade sonora está muito consistente, dada a época (1989). As músicas têm todas um certo potencial para agarrar até o ouvinte mais alheio. As letras são abrasivas, para bem e para mal. Contudo, e apesar de tudo, não acho que seja um álbum exemplar, pelo menos, tendo em conta os meus padrões a nível musical. Mas eu sou um esquisito.


Infelizmente, não encontrei um link para o álbum completo. A haver interesse, uma simples busca pelo Dr. Google deve chegar.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Comeback Kid - Wake the Dead (2005)

Ja antes havia falado deste álbum. Hoje analiso-o.




Wake the Dead, de uma banda de hardcore punk melódico chamada Comeback Kid, foi lançado a 22 de Fevereiro de 2005 pela Victory Records. A produção esteve a cargo de Bill Stevenson, baterista dos Descendents. Wake the Dead, faixa epónima do álbum, faz parte da banda sonora dos jogos Burnout Revenge e Burnout Legends. Este foi o último álbum de CBK com a voz de Scott Wade. Foi gravado no Blasting Room, em Fort Collins, Colorado.


Faixa a faixa:
1. False Idols Fall (2:38)
Não há muito a dizer. É a faixa inicial do álbum e, como tal, a música em si não começa de imediato. É algo comum no mundo da música.
2. My Other Side (2:18)
Todos temos um lado mau. Ou quase.
3. Wake the Dead (3:17)
A faixa mais popular deste trabalho. E provavelmente a minha preferida.
4. The Trouble I Love (1:52)
No pain, no gain, como se costuma dizer. Em português, significa algo como "Sem dor não há recompensa".
5. Talk Is Cheap (1:54)
Palavras faladas, para que vos quero? Falar é fácil.
6. Partners In Crime (2:22)
"Eramos nós contra o mundo", diz Scott Wade. "Não podemos voltar ao que eramos."
7. Our Distance (1:52)
Esta faixa, acho-a incrível. O sujeito lírico diz querer afastar-se de uma pessoa, mas quanto mais tenta, mais se aproxima. Curioso.
8. Bright Lights Keep Shining (2:21)
Deixemos o passado para trás. "We'll have our way!" (Vamos ter o que queremos!) gritam em conjunto.
9. Falling Apart (2:22)
Um dia, todos caimos. Entenda-se como quisermos.
10. Losing Patience (2:16)
Planear em demasia não costuma dar bons frutos.
11. Final Goodbye (2:34)
"Este é o meu último adeus!". Acho ideal para fechar um álbum.


Opinião final:
Musicalmente, acho muito bom. A qualidade do som está óptima também. A estreia dos Comeback Kid na Victory Records superou as (minhas) expectativas, tendo aqui um álbum ideal para se ouvir em altos berros. Pena, mesmo pena, foi não darem continuidade a esta "receita" nos álbuns que se seguiram. Vão muito para os lados do metal. E, quanto a mim, juntar hardcore e metal dá algo de inaudível.


Eis o álbum completo:

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

The Jesus and Mary Chain - Darklands (1987)

Acho boa ideia falar de alguns álbuns que tenho por casa.



Darklands é o segundo álbum desta banda de rock alternativo/noise pop oriunda da Escócia. Lançado a 18 de Outubro de '87, alcançou o número 5 em termos de vendas no mercado britânico, ainda nesse mesmo ano. As faixas de bateria são inteiramente sampladas a partir de uma caixa de ritmos, já que o baterista anterior havia saído para liderar uma banda chamada Primal Scream.


Faixa a faixa:

Lado 1
1. Darklands (5:29)
1987? Só mesmo pela sonoridade, porque a composição lembra claramente a década seguinte. Gosto especialmente.
2. Deep One Perfect Morning (2:43)
Tenho alguma pena que esta música não seja maior...
3. Happy When It Rains (3:36)
Interessante a comparação entre chuva e felicidade miserável.
4. Down On Me (2:36)
Eh. Nada de especial.
5. Nine Million Rainy Days (4:29)
Demasiado melancólica para mim.

Lado 2
1. April Skies (4:00)
Alcançou a posição 8 no top de singles britânico, o máximo para a banda nesse chart.
2. Fall (2:28)
Lembra shoegazing, um outro género musical algo relacionado com o noise pop.
3. Cherry Came Too (3:06)
Beach Boys? Não. The Jesus and Mary Chain.
4. On the Wall (5:05)
A distorção algo exagerada na guitarra baixo saltou-me ao ouvido.
5. About You (2:33)
Chuva, outra vez? Está bem.


Opinião final:
Nunca pensei que o meu pai tivesse um álbum destes escoceses. As primeiras faixas prendem-me um tanto no que considero um álbum mediano, apesar de influente.


O álbum pode ser escutado ali em baixo:

domingo, 21 de outubro de 2012

Folk rock

O folk rock, tal como o nome sugere, é uma mistura de rock com música folclórica (e não, não tem a ver com ranchos), com alguns toques de pop. Nasceu em meados da década de 60 e manteve a sua popularidade até início dos anos 70, apesar de ainda ser um género de música com vários seguidores nos tempos que correm. O termo folk rock foi primeiramente usado para descrever o género músical do álbum Mr. Tambourine Man (1965) de uma banda chamada The Byrds, que misturava a sonoridade dos Beatles (rock) com as canções de Bob Dylan (folk). Musicalmente, as vozes eram harmoniosas e a instrumentação maioritariamente acústica, sendo que os casos onde esta era eléctrica usavam muito poucos efeitos ou distorção.


Bob Dylan - Mr. Tambourine Man (1965)



The Byrds - Mr. Tambourine Man (Bob Dylan) (1965)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Que traz o Miguel no MP3?

Por vezes, fazem-me tal pergunta.


Como voltei a usar o meu MP3 "velho", não consegui ter mais que 6 álbuns para ouvir quando quero e entendo. E são eles:


Sick of It All - Scratch the Surface (1994) e Built To Last (1997)

Dois álbuns de uma banda da cena hardcore punk de Nova York. Pena os mais recentes irem muito para os lados do metal.



Slayer - Undisputed Attitude (1996)

Os Slayer são conhecidos como um grupo de, essencialmente, thrash metal. Daí talvez que este álbum de covers de hardcore punk seja o único que ouça.




Fastball - All the Pain Money Can Buy (1998)

Powerpop no seu melhor. Três meses depois do seu lançamento, chega a Platina (um milhão de cópias vendidas).



Gin Blossoms - Outside Looking In (1999)

Já a banda se havia desfeito (1997, até ao seu regresso em 2002) quando este best-of saiu para o mercado. Reune os, até então, mais marcantes sons deste grupo de notória variedade musical.



Pennywise - From the Ashes (2003)

Punk rock político. Dos álbuns mais recentes deste quarteto, este é o que mais me agrada. Talvez por ser algo semelhante aos álbuns dos anos 90.


À espera da sua vez estão:

The Ataris - Blue Skies, Broken Hearts... Next 12 Exits (1999)

Pop punk. Os álbuns dos Ataris, do ponto de vista lírico, estão imensamente bem conseguidos. Há males que vêm mesmo por mal, mas que trazem um ou dois bens.



Comeback Kid - Wake the Dead (2005)

A estreia dos CBK na Victory Records, quanto a mim, não podia ser melhor. Bom hardcore melódico, no que viria a ser o último álbum com o vocalista original.




This time was gonna be different.